quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Agosto



Gosto de me deitar na cama; e olhar para o teto e para o nada.
Gosto da minha injustiçada bagunça; prefiro a aleatória organização de meus pertences, de gênio tolo.
Gosto de interpretar a vida de outras pessoas, como passatempo, mera diversão.
Gosto da sua vergonha ao me ver em trajes velhos; velha mania de conforto, algodão.
Gosto de beber do bico quando só, de beijar a boca quando dois.


Gosto muito mais do silêncio do que do ruído.
Gosto da sujeira, da ira e da dor doída da solidão
Gosto de poluição.

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Pra gostar de mim, goste de minha podridão.

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